Concreto inteligente dá fim às trincas e rachaduras
- AEAU
- 18 de out. de 2021
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Extremamente resistente, o concreto é o material essencial para todas as obras. Quando construídas corretamente e nas condições certas, as estruturas podem facilmente durar de 50 a 100 anos ou mais. No entanto, na maioria dos casos, o tempo, o vento, a chuva e as mudanças na crosta terrestre podem começar a formar rachaduras no concreto. Essas rachaduras permitem que detritos e água se infiltrem, onde a umidade pode lentamente devorar o vergalhão de aço. A medida que o aço sucumbe, a estrutura de concreto continua a rachar e, eventualmente, desmoronar.

Pensando neste problema, estudos foram realizados com intuito de elaborar métodos rápidos e práticos para corrigir problemas patológicos presentes em estruturas de concreto, como fissuras, rachaduras e trincas. Daí surgiu a ideia do concreto biológico ou bioconcreto, um material “inteligente” que possui capacidade de regeneração, fechando suas próprias rachaduras. Consiste na implantação de uma bactéria que possui como característica principal a capacidade de se multiplicar, ou seja, se autorregenerar.
O bioconcreto é uma mistura do concreto tradicional, bactérias e lactato de cálcio. As bactérias permanecem em estado de dormência durante a mistura e durante anos da vida útil do concreto. Mas, ao entrar em contato com a água ou oxigênio, se multiplicam rapidamente, auxiliando na regeneração do concreto. Não há limite para a extensão da rachadura que o material pode reparar, de centímetros a quilômetros.
O concreto biológico apresenta um acréscimo de quase 40% em relação ao concreto tradicional. Apesar de ser mais caro, o benefício econômico é perceptível, pois economiza em custos de manutenção. A ideia soa como ficção científica: edifícios que fecham suas próprias rachaduras, como seres vivos curando suas feridas.
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